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4 de maio
das 9h às 13h

Programação

Resumos e Palestrantes

Como ensinar PLE para falantes da língua inglesa/espanhola

Os falantes nativos de espanhol têm uma vantagem inicial devido às semelhanças entre as duas línguas, especialmente na estrutura gramatical e vocabulário. No entanto, ainda existem diferenças significativas na pronúncia, ortografia e uso de certas expressões, o que requer um estudo mais aprofundado e prática para alcançar a proficiência. Já os falantes nativos de inglês enfrentam desafios diferentes ao aprender português, já que as duas línguas têm origens linguísticas distintas e estruturas gramaticais bastante diferentes. A pronúncia, a conjugação verbal e a concordância de gênero são algumas das áreas que podem ser especialmente desafiadoras para os falantes de inglês.

Entenda quais são as principais diferenças e desafios ao ensinar alunos nativos do inglês e espanhol, como contorná-las e, como professor, o que esperar do desempenho e perfomance de seu aluno em sala de aula e ao longo do curso.

Bruna Shimabuko é graduada em Tradução/Intérprete pela FMU e cursando MBA de Neurociências, Marketing e Consumo pela PUC – Rio Gio Grande do Sul. Empreendendo desde 2016, viu a necessidade de buscar conhecimento em diversas áreas distintas. Já fez diversos cursos na área de Marketing, Branding, Vendas, Gestão de Negócios e, recentemente, terminou uma formação para ser perfiladora DISC. Por conta do empreendedorismo, percebeu sua paixão por Branding e Comunicação!

Faz parte da coordenação da pós-graduação em Português como Língua Estrangeira na Faculdade Phorte, atua na área de coordenação pedagógica da Dile Idiomas, e também é mentora de Professores de Idiomas.

Português como Língua de Acolhimento (PLAc): afinal, de que estamos falando?

Os novos fluxos migratórios estão reconfigurando os desenhos populacionais das grandes cidades brasileiras e gerando novas demandas educacionais, dentre elas o ensino do Português como Língua de Acolhimento (PLAc). Mas afinal de contas, do que estamos falando? Para responder a essa pergunta, mobilizaremos alguns conceitos-chave para o entendimento da complexidade do PLAc, tais como ideologias e políticas linguísticas, currículos e as diferentes noções de cultura. Também serão comentados brevemente alguns critérios de avaliação de materiais didáticos, de modo a auxiliar professores a planejarem aulas que realmente contemplem as necessidades dos migrantes de crise que chegam ao Brasil.

Daniele Pechi é mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de São Paulo, jornalista, professora de Português como Língua Estrangeira e como Língua de Acolhimento, formadora de professores de língua adicionais e fundadora do Papo do Profes, uma rede que conecta professores de idiomas e oferece trilhas formativas nas áreas de metodologia e ensino online.

Tecnologias e ferramentas na produção de materiais didáticos

O ensino de Português como Língua Estrangeira (PLE) em constante ampliação exige materiais didáticos que acompanhem as demandas e os desafios da era digital. Com o crescimento das aulas remotas, a produção de materiais interativos tornou-se crucial para promover o engajamento e a participação ativa dos alunos na construção do conhecimento.
Nesta palestra, exploraremos diferentes ferramentas tecnológicas que permitem a criação de atividades interativas e motivadoras para o aprendizado de PLE. Abordaremos recursos que promovem a interação com a língua e na língua, desde plataformas como Flippity, LearningApps e Padlet até ferramentas do Google, como Docs, Slides e Forms.
Também refletiremos sobre o uso de tecnologias no processo de ensino-aprendizagem de PLE que propiciem a participação colaborativa e ativa para construção de seu repertório linguístico em língua portuguesa.

Luhema Ueti possui graduação em Letras (Português e Inglês) pela Universidade Norte do Paraná (2008), Pedagogia pela Universidade Nove de Julho (2017), Letras (Espanhol) pela Universidade Estadual do Norte do Paraná. Desenvolveu pesquisa de Mestrado na área de Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (2013) e atualmente é doutoranda do Programa de Letras Estrangeiras e Tradução da mesma universidade. Atua com diferentes públicos de PLA – intercambistas, executivos, migrantes e pessoas em situação de refúgio, filhos de brasileiros no exterior. Participou como professora do Eixo de Português do Programa Mais Médicos para o Brasil, em Havana (Cuba). Elaborou cursos autoinstrucionais e materiais didáticos para PLE.

Produção de material didático em PLE

Esta apresentação tem por objetivo tratar do tema “produção de material didático em PLE”, tendo por base a experiência profissional das autoras do livro Muito Prazer: fale o português do Brasil (MP). Para tanto, será apresentado um breve panorama de alguns dos materiais existentes em PLE, para posteriormente tratar dos caminhos traçados para a publicação do Muito Prazer na editora Disal (2009) e sua reedição na editora Lexikos (2023). Além disso, partes do MP serão usadas para exemplificar uma forma de produção de material didático em PLE.

Telma Ferreira é mestra em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e especialista em Tradução Inglês/Português pela Universidade de São Paulo, atua no ensino de idiomas e tradução há mais de vinte anos. Sócia da Lexikos Editora, é coautora do livro “Muito Prazer – Fale o português do Brasil”, um curso de português para estrangeiros (2022, Lexikos editora), coorganizadora do livro “Tecnologias e Mídias no ensino de inglês” (2012, editora Macmillan) e coeditora do livro “Working with Portuguese Corpora” (2014, Bloomsbury). É pesquisadora do grupo de estudos de Linguística de Corpus (GELC – PUC-SP/CNPq) e integrante de um projeto para elaboração de um dicionário de colocações baseado em corpus, que será publicado pela Routledge.

Vera Lúcia Ramos obteve o título de doutora no programa Estudos da Tradução (USP, 2018). Fez mestrado em Estudos Linguísticos e Literários em inglês (USP, 2008), especialização em Tradução: Inglês/ Português (USP, 2002), e graduação e licenciatura em Letras (USP, português e francês, 1987). Como professora, ministra aulas de português para estrangeiros desde 1985. Trabalhou como professora universitária no curso de Tradutor e Intérprete e de Letras (inglês/português). Como tradutora, atua na área de tradução literária, atualmente na Martin Claret e Lexikos Editora. Com trabalho de produção textual, escreveu material didático para cursos universitários de EAD entre 2011 a 2013 e é coautora do livro “Muito Prazer: fale o português do Brasil” (DISAL, 2008). Como pesquisadora, participa do grupo de pesquisa COMET (Corpus Multilíngue para Ensino e Tradução: USP/CNPq). É cofundadora da editora Lexikos onde atua como editora.